Este tinha para ser um post feliz, mas é um post triste. Infelizmente o André faleceu em um acidente de moto, no último domingo, dia 2 de fevereiro. Não sei muitos detalhes, mas eles tampouco importam, o fato é que ele não está mais por aqui – e vai fazer muita falta! A morte é mesmo uma dessas coisas com as quais realmente não sei lidar direito.
Conhecemos o André quando nem existia a idéia do Fotoclube ainda, e ele foi super receptivo, e também nos apresentou o seu sócio Gustavo Massola. Então, quando surgiu a idéia de criar o Fotoclube Paraty, pensamos no Matriz Cultural, mas infelizmente a agenda do local não batia com a nossa, e não rolou. Por alguma razão, encafifei com o Café Café e fomos lá bater um papo com o André e o Gustavo. Eles nem conheciam a gente direita, mas sabe o que fizeram? Toparam na hora. E fizeram mais do que isso, nos cederam o local, arrumaram o projetor e até uma tela de projeção o Gustavo construiu pra gente! Tudo que foi preciso para os encontros acontecerem, eles providenciaram!
E aí vem a pergunta: como agradecer a uma pessoa que você mal conhece que te ajuda a realizar um sonho? Acho que essa curta história resume bem o André: um cara que amava não só as artes, mas também os artistas, e era extremamente generoso com eles, assim como o Gustavo. Não foi só com a gente: Você ouvirá o mesmo de todos os artistas que já se apresentaram no Café Café.
Confesso que fugi um pouco de escrever esse texto nos últimos dias, mas hoje entendi que ele era necessário. Assim como é necessário para nós, lidar com a morte as vezes. Admito que sou um dos que prefere fingir que não é assim, mas entendo também que essa homenagem era mais do que urgente e necessária.
E agora me pego aqui, repensando todo o projeto, porque ainda tenho muitos textos pra escrever, e nunca tinha pensado na possibilidade de alguém não estar aqui para ler o texto que dediquei a ele. Era um projeto dedicado a fazer felizes as pessoas que gosto, uma forma de fazer um carinho nelas.
Em nenhum momento cogitei que alguma das fotos seria uma homenagem póstuma, que estava correndo o risco do homenageado não poder ler o texto que escrevi. De repente, tudo se torna mais urgente.
O fato é que infelizmente a vida é assim: curta. Pense nisso, abrace quem você ama, faça o que deseja, não deixe pra depois, porque o depois pode não existir. Tudo que é importante, deveria ser urgente.
André, queria ter podido conversar muito mais, ter dado muito mais risadas com você, ter visto muito mais esse sorriso poderoso e encantador que você tinha. Então deixo aqui o meu abraço, o meu desejo de que esteja bem onde estiver, um suspiro de saudade e o meu MUITO, MUITO OBRIGADO.
EOS 60D F2.8 1/160s ISO 1250 50mm em 50mm 1.8
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