Esse projeto nasceu do tempo.
Do tempo vivido, do tempo passado ao lado de pessoas que, de algum modo, cruzaram meu caminho desde que cheguei a Paraty, em 2013. Algumas chegaram de mansinho, outras vieram como tempestade. Mas todas ficaram — ao menos dentro de mim.
“O Melhor Que Nós Temos” é um gesto de reconhecimento.
Um jeito de dizer: eu vi você.
E mais que isso — eu senti.
Os retratos são feitos como a vida acontece: com câmera, mas com a luz que houver à mão.
Às vezes à noite, sob o amarelo irregular de uma lâmpada de rua.
Outras vezes ao sol, entre frestas de luz e sombra.
Não há técnica que valha mais do que o instante.
Não há roteiro além da presença.
Cada imagem é um encontro guardado.
Um traço de memória que escolhi não deixar escapar.
Porque, no fundo, o melhor que nós temos é sempre gente.
Gente que toca, que marca, que transforma — mesmo sem saber.
